CFPB propõe regra de direitos de dados financeiros pessoais para acelerar a mudança para o Open Banking

Especialista em Open Banking
Por vários meses, o diretor do Departamento de Proteção Financeira do Consumidor (CFPB), Rohit Chopra, reiterou que a agência emitirá uma proposta de regra para acelerar a mudança em direção ao Open Banking, promover a concorrência e proteger ainda mais os direitos de dados do consumidor de acordo com a Seção 1033 da Lei Dodd-Frank.
“Uma prioridade fundamental para o CFPB é ajudar a acelerar a mudança para serviços bancários e pagamentos abertos em nosso mundo cada vez mais digital. Com o tempo, isso pode ajudar as pessoas a receber pagamentos mais rapidamente, acessar taxas mais atraentes sobre depósitos e empréstimos, mudar com mais facilidade, evitar vigilância intrusiva e minimizar as consequências de relatórios de crédito imprecisos”, explicou Chopra durante um conferência em setembro.
Esta declaração vem após o presidente Biden ordem executiva em julho de 2021, que lançou as bases para o Open Banking e o Director Chopra orientação prévia à regra no verão de 2022.
Hoje, o CFPB propôs oficialmente a nova Regra de Direitos de Dados Financeiros Pessoais. Resumimos a nova decisão, por que ela é importante e seus impactos no movimento Open Banking.
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O que é a regra de direitos de dados pessoais?
A regra de direitos de dados pessoais “proíbe as instituições financeiras de acumular os dados de uma pessoa e exigir que as empresas compartilhem dados sob as instruções da pessoa com outras empresas que oferecem produtos melhores”.
De acordo com essa regra, os consumidores podem compartilhar os dados associados a suas contas correntes, poupança, pré-pagas, cartões de crédito e carteiras digitais. Isso permitirá que os consumidores acessem produtos e serviços concorrentes sem a preocupação de que seus dados possam ser retidos ou usados por motivos comerciais com os quais o consumidor não consentiu.
Mais especificamente, a decisão inclui:
- A cessação das taxas inúteis durante o compartilhamento de dados: Os bancos e outras instituições financeiras são obrigados a disponibilizar dados financeiros pessoais sem nenhum custo para consumidores ou terceiros.
- Um direito legal ao compartilhamento de dados: Os consumidores teriam o direito de conceder a terceiros acesso aos dados financeiros associados às suas contas.
- O direito de recusar um mau serviço e uma decisão contra o armazenamento de dados: Os consumidores podem transferir seus dados de um provedor para outro sem repercussões na forma de acumulação de dados ou taxas.
O que a regra significa para os consumidores?
Historicamente, os consumidores americanos enfrentam limitações ao tentar acessar melhores produtos para fazer pagamentos, gerenciar suas finanças, solicitar empréstimos etc. Essas limitações geralmente se devem à falta de interoperabilidade ou a “taxas inúteis” que desencorajam os consumidores de usar serviços financeiros alternativos.
Essa decisão protegerá o controle de dados pelo consumidor e introduzirá uma mudança em relação às práticas arriscadas de coleta de dados, impedindo a vigilância e o uso indevido de dados pelas instituições financeiras em prol da extração de dinheiro ou da prevenção do uso de novos produtos. Em vez disso, essa decisão reitera que as instituições financeiras não têm autoridade sobre os dados do consumidor e devem se limitar à coleta e ao uso dos dados necessários para fornecer seus produtos e serviços.
Essa liberdade de usar, compartilhar e revogar seus dados de/para instituições financeiras e provedores oferece aos consumidores um novo controle sobre o cenário financeiro do país. Em vez de seus dados serem usados para beneficiar instituições, o poder dos dados financeiros agora estará nas mãos dos consumidores que os possuem por direito.
O que isso significa para o Open Banking nos EUA?
A Trustly está comprometida com o progresso do Open Banking, ou seja, com a capacidade dos consumidores de compartilhar com segurança informações financeiras de suas contas bancárias. A regulamentação do CFPB ajuda a remover obstáculos ao movimento Open Banking, como taxas desnecessárias de compartilhamento de dados, que prejudicam a inovação do Open Banking. A regulamentação também representa um passo essencial em direção a políticas padronizadas de compartilhamento de dados que promovam a concorrência. Estamos entusiasmados com esta proposta e com o que ela significa para o progresso futuro em Open Banking e Open Finance.